Como vai funcionar o Drex?
A história do dinheiro no Brasil já ganhou um novo capítulo: o Drex. Esse é o nome anunciado pelo Banco Central para o novo projeto do real digital – uma evolução do papel-moeda, com o mesmo valor do real que você já conhece, mas com novas funcionalidades de uso. Ele será a moeda digital oficial do país e permitirá operações a partir de carteiras virtuais.
O Banco Central começará a fase de testes do Drex em setembro. A expectativa é que a moeda digital brasileira esteja disponível para o público até o fim de 2024.
O que é o Drex?
O Drex é a nova representação do real em uma plataforma digital. Diferentemente da nota física, que você guarda na carteira, esse dinheiro será armazenado em sistemas virtuais, permitindo transações com o mesmo valor do real.
A diferença é que o acesso será feito por meio de carteiras digitais em instituições financeiras.
Não, o Brasil não terá seu próprio bitcoin: a base de funcionamento do Drex é a tecnologia blockchain – a mesma utilizada para a criação das principais criptomoedas. No entanto, a moeda digital não terá nenhum tipo de variação no preço e será regulada pelo Banco Central.
Em outras palavras, o Drex será uma nova forma de ter dinheiro e fazer transações.
E o que é uma moeda digital oficial?
Emitida e regulada por um banco central, a CBDC (Central Bank Digital Currency) – como é conhecida ao redor do mundo – é uma versão virtual da moeda oficial de um país, que no caso do Brasil é o real. Ambas as versões servem para fazer compras, estipular o preço de algo, guardar, entre outras funções.
Hoje, o Banco Central brasileiro só emite dinheiro em notas e moedas em espécie. Com a criação do Drex, a instituição passa a emitir dinheiro também em formato virtual, colocando em circulação moedas que nunca foram impressas, além de mudar a forma como as pessoas lidam com dinheiro.
Atualmente, já são 130 países que estudam o lançamento de moedas digitais oficiais junto aos seus bancos centrais, com 21 deles em fase de projetos pilotos, como China, Inglaterra e Japão.
Qual a diferença entre o Drex e o Pix?
O Pix revolucionou a maneira como os brasileiros lidam com dinheiro, simplificando todo o ecossistema de transferências instantâneas. Porém, de acordo com o Banco Central, o Drex é uma abordagem mais ampla, que deve impactar o sistema financeiro como um todo.
Enquanto o Pix é um meio de pagamentos que foi inserido no modelo financeiro tradicional, o Drex é uma transformação digital da moeda brasileira, que funcionará de maneira automatizada na intermediação dos processos.
Como o Drex será usado?
Na prática, as pessoas terão acesso ao Drex por meio de contas digitais em instituições financeiras, aplicativos e plataformas de pagamento. No mesmo ambiente, será possível fazer a conversão de moeda física em digital, viabilizar transações, pagamentos e recebimentos.
Com o Drex, os brasileiros terão acesso a outros serviços financeiros que estão sendo desenvolvidos com novas tecnologias, como contratos inteligentes e dinheiro programável.
Pense na compra de um carro, por exemplo. Com a moeda digital, a transferência de propriedade do veículo será feita simultaneamente ao pagamento, trazendo mais segurança para os processos de compra e venda.
O Drex é seguro?
Sim. No momento, a moeda digital está em fase de testes, mas o Banco Central já atestou que os níveis de segurança e privacidade das operações devem se manter os mesmos das operações já feitas pelo sistema bancário e de pagamentos.
O Drex terá algum custo?
O Banco Central afirma que qualquer custo associado ao Drex será definido pela própria instituição financeira que vai oferecer o serviço.
Agora, o que vem pela frente?
Se todos os requisitos forem atendidos depois desse período de testes, o BC vai incorporar a tecnologia do Drex à tecnologia das instituições financeiras para, depois, liberar a moeda ao público.
Segundo a instituição, essa moeda digital vem para democratizar o acesso a serviços financeiros, como crédito, investimentos e seguros, além de apresentar uma proposta que garante mais segurança e privacidade nas operações.
Fonte: Adaptado de Nubank
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